quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz 2010

Meus amigos, um grande 2010 pra todos e que sejamos cada vez mais felizes. Para fechar o ano, poema de Vicente de Carvalho. Que todos nós consigamos, ao contrário do que diz o grande poeta, colocar a felicidade onde estivermos. Grande abraço a todos.

Felicidade

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada:
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O alcaide alienígena

Para quem quer ler uma crítica bem fundamentada sobre as penúltimas do prefeito e sua turma. Artigo do Laudelino Sardá. Boa leitura.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Tiê

Toda vez que ouço essa música lembro da minha amiga Tiê. Em dezembro de 1996, quando ela voltou do Japão depois de ficar por cinco anos lá, fui visitá-la e ficamos horas conversando, botando as fofocas em dia. Lembro dela me perguntando se eu gostava de Elton John e, diante da resposta afirmativa, ter botado esse som.

Que saudade, minha amiga! Vou tomar aquela gelada hoje, em sua homenagem.

domingo, 11 de outubro de 2009

Ausência, aniversários e nascimento

Simplesmente vergonhosa esta minha ausência por tanto tempo. Vou me esforçar para voltar a postar com maior frequência. De qualquer forma, muita coisa aconteceu desde a última postagem. Minha filha fez oito anos, meu irmão Jorge fez 41 e meu amigo Terry fez 50, numa festa muito boa - entre outros aniversários.

Ah, sem dúvida um acontecimento importante foi o nascimento da Maria Eduarda, nossa afilhada, filha do casal amigo Alexandre e Medianeira. Veio fortona e botando a boca no mundo. Força, amigos. Boa sorte na nova fase da vida.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vitória com jeitão de Corinthians

É claro que todo mundo gostaria que seu time fizesse sempre 5 a 0 - principalmente em clássicos e jamais fosse ameaçado nos jogos. Mas, cá entre nós, que coisa boa que é poder comemorar o aniversário ganhando um clássico de virada nos minutos finais, não?

A partida de ontem contra o Santos no Pacaembu tinha tudo para ser uma festa, mas começou a ser pintada com cores tristes aos 7' do 2º tempo. Todo mundo sabia que o Santos só tem aquela jogada - o George Lucas lança a bola na área pra ver no que dá. E deu no gol das sardinhas.

A coisa parecia que não ia. Era um tal de passe errado e de cruzar bola na área que era uma grandeza. E o Filipe deles fazendo alguns milagres. Até que num cruzamento desses um cabeceou todo torto e, naquela de bate na trave e fica pedindo "me chuta", o tal de Bill conseguiu enfiar o pé e empatar o jogo, aos 34', quando os peixeiros já fediam de tanto pular nas arquibancadas do "próprio da municipalidade" (adorei essa expressão, que nunca mais tinha ouvido).

Mas o melhor ainda estava por vir. Depois de uma jogada ensaiada sabe lá Deus onde - o Mano disse que não ensaiou aquilo, ao contrário do que muito treinador diria quando dá certo -, Chicão, injustamente acusado de fazer corpo mole no departamento médico pra forçar um aumento de salário, virou o jogo e deu números finais à partida. Isso aos 43'.

O final da partida? Ah, só a Fiel cantando e festejando a primeira vitória do ano do Centenário. Agora é esperar pela volta do Fenômeno e outros titulares e partir em busca do penta brasileiro.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O maior presidente de todos os tempos


Para finalizar os posts do aniversário do Corinthians (amanhã tem mais), uma justa homenagem ao maior presidente de todos os tempos: Vicente Matheus. Folclórico, engraçado, ditador...os adjetivos são muitos, mas um resume todas as qualidades de seu Vicente: Corinthiano!!!

Ser torcedor só na boa é fácil

Colocar camisa, ir pro estádio, dizer que é torcedor quando o time está bem, qualquer um faz. Quero ver é fazer tudo isso e declarar amor incondicional quando o time está mal, caindo pelas tabelas. Quero ver é a torcida só crescer quando o clube passa por um jejum brabo de títulos – como aconteceu com o Corinthians durante 22 anos, oito meses e seis dias de sofrimento, entre 6 de fevereiro de 1955 e 13 de outubro de 1977.

Isso valoriza ainda mais a homenagem de mestre Paulinho Nogueira ao Corinthians quando o jejum completou 20 anos, em 1974, naquela derrota para o Palmeiras. Os versos do refrão encerraram aquele texto que publiquei no post abaixo.

Meus 20 anos



Entre as belas homenagens que grandes compositores já fizeram ao Timão do povo, uma das mais tocantes é “Corinthians do meu coração”, do Toquinho, corinthiano de quatro costados e aluno de violão clássico de mestre Paulinho Nogueira.

Começou o centenário

No dia do aniversário de 99 anos do Corinthians, procurei algo pra homenagear o timão do povo. encontrei este post no blog do Aloysio Nunes Ferreira, secretário da Casa Civil de São Paulo, que descobri agora ser corinthiano fanático.

99 anos de uma paixão

Comemoramos hoje os 99 anos do Sport Club Corinthians Paulista. Como corintiano, não poderia deixar de render minhas homenagens ao clube, minha paixão desde sempre e “propriedade” da maior torcida no estado de São Paulo. Porque está coberto de razão aquele que diz que “todo time tem uma torcida, mas só a torcida do Corinthians é quem tem um time”.

Corinthians cuja vitória em 1954 acompanhei pelas ondas do rádio na minha remota infância rio-pretense. Corinthians da Democracia Corintiana, corajoso movimento de resistência à ditadura militar. Corinthians protagonista da maior “invasão” já vista no Maracanã por uma torcida de fora do Rio de Janeiro, capaz de levar 70 mil fiéis a uma semifinal, mesmo após 22 anos sem ser campeão – período em que nossa torcida só cresceu, ao contrário do que era de se esperar. Mas, o Corinthians é isso mesmo: a inversão da lógica, a capacidade de superar obstáculos quando eles parecem intransponíveis. Como na decisão de 1977, contra uma Ponte Preta superior no papel, mas incapaz de resistir à força de uma nação.

Corinthians do pé-de-anjo Basílio, que libertou este povo sufocado por mais de duas décadas de sofrimento. Corinthians de Sócrates, Casagrande, Luizinho, Marcelinho, Ronaldo, Rivelino, Baltazar, Zé Maria, Palhinha, Wladimir, Gamarra, Neto, Biro-Biro e tantos outros.

Corinthians do povo, capaz de unir, nas arquibancadas do Pacaembu, desde o faxineiro até o presidente da empresa, numa paixão em comum descrita com perfeição nos versos do saudoso mestre Paulinho Nogueira:

“Ai, Corinthians, quando és o vencedor
Pobre fica milionário, rindo da própria dor.”

Parabéns, Corinthians!!


Pra acompanhar, dois vídeos que achei no Youtube pra ilustrar momentos citados por ele:

1) a invasão da Fiel ao Maracanã, na semifinal do Brasileiro de 1976, na narração emocionante de Osmar Santos.




2) o gol mais importante da história do futebol, o de Basílio, em 1977, que decretou a segunda abolição brasileira. Também na voz marcante de Osmar Santos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PH

Meu amigo Paulo Henrique realiza hoje um grande sonho: foi de mala, cuia e Renata a tiracolo fazer a vida no Canadá, aquele imenso bloco de gelo onde as pessoas têm um urso polar como bicho de estimação :o)

Há anos que ele tentava a autorização para imigrar. Agora que conseguiu, espero que seja bastante feliz e que tudo dê certo por lá. Foi uma pena não ter conseguido falar com ele por estes dias. A correria dos preparativos para uma viagem que pretende ser muito mais longa que as habituais tomou todo o tempo dos dois. E eu, que por várias vezes prometi uma visita a eles no final de semana em Balneário Camboriú, acho que vou demorar um pouquinho mais para vê-los.

Boa sorte, meus amigos. Quem sabe um dia vamos dar um passeio em Vancouver.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Meu avô Waldomiro

Hoje faz 20 anos que meu avô paterno, Waldomiro, morreu, aos 84 anos. Até então, o único parente mais próximo que havia morrido tinha sido o tio Antonio, irmão da minha avó Lícia. Isso, no entanto, já fazia pouco mais de sete anos.

Não me lembro de nada de especial que tenha feito aquele dia. Tinha recém começado o cursinho pré-vestibular e meus dias passaram a ser compostos de aula pela manhã na escola, algum trabalho doméstico ou educação física à tarde e cursinho à noite.

E foi exatamente no cursinho que aconteceu comigo algo que eu tinha visto com várias outras pessoas em todos os anos da minha vida escolar. Assim que voltamos do intervalo e começou a aula de Física, uma funcionária do cursinho bateu à porta e chamou o professor Marcelo. O cara olhou pra sala e disse:

– Marcelo de Oliveira Santos! Quem é o desgraçado que está atrapalhando minha aula?

Na hora eu levantei pra ver o que era, quando a funcionária soltou as palavras que eu jamais gostaria de ouvir:

– Traz seu material!

Desabei na cadeira, olhei para meu amigo Luiz Fernando, sentado ao meu lado, e falei:

– Meu avô morreu!

Eu já sabia. Durante anos eu havia visto aquilo. No meio da aula na escola, um funcionário entrava na sala e chamava alguém. Na hora em que a pessoa ia levantando, ouvia que era pra levar junto o material. Era batata: no dia seguinte, o colega contava que algum parente havia morrido. Só que nunca havia acontecido comigo. Bom, pra tudo tem uma primeira vez.

Agora, em homenagem ao meu avô, dois exemplos do que ele mais gostava: música caipira.

Tonico e Tinoco cantando “Pingo d’água”, de João Pacífico e Raul Torres.



Aqui, Inezita Barroso canta "Saudades de Matão", de Raul Torres e Antenógenes Silva. Inezita é a apresentadora do programa que meu avô mais gostava, o "Viola, minha viola", há mais de 30 anos no ar na TV Cultura.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Calculadora humana

Das habilidades que eu tenho - e que desenvolvi com o tempo - a que mais chama a atenção é a capacidade de cálculo. Porém, nada se compara a esse alemão aí. Vale a pena assistir ao vídeo de pouco mais de 11 minutos.

Reparem que no desafio final, numa rádio australiana, o apresentador fez o que se deve fazer para dificultar um pouquinho a vida das calculadoras humanas: escolheu um número primo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ai de ti, Florianópolis!

Em 1958, o escritor, jornalista e cronista Rubem Braga chamou a atenção do Rio de Janeiro ao publicar Ai de ti, Copacabana!. A crônica antecipava a degradação pela qual a então capital da República passaria nas décadas seguintes.

Lido com bastante cuidado, o texto permite algumas comparações com a Florianópolis atual. É claro que algumas citações ficaram bastante defasadas, mas ainda assim é surpreendente pelo tom profético. Trocadas algumas palavras e expressões, dá pra transformar numa espécie de “Ai de ti, Florianópolis!” Confesso que fiquei tentado a cometer este desatino, mas o mestre Rubem Braga – que tão bem inaugurou o Pastel de Feira com sua crônica “Almoço Mineiro” – não mereceria isso.


Ai de ti, Copacabana!

Rubem Braga

1. AI DE TI, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia, e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.

2. Ai de ti, Copacabana, porque a ti chamaram Princesa do Mar, e cingiram tua fronte com uma coroa de mentiras; e deste risadas ébrias e vãs no seio da noite.

3. Já movi o mar de uma parte e de outra parte, e suas ondas tomaram o Leme e o Arpoador, e tu não viste este sinal; estás perdida e cega no meio de tuas iniqüidades e de tua malícia.

4. Sem Leme, quem te governará? Foste iníqua perante o oceano, e o oceano mandará sobre ti a multidão de suas ondas.

6. Grandes são teus edifícios de cimento, e eles se postam diante do mar qual alta muralha desafiando o mar; mas eles se abaterão.

6. E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a vasa fétida das marés cobrirá tua face; e o setentrião lançará as ondas sobre ti num referver de espumas qual um bando de carneiros em pânico, até morder a aba de teus morros; e todas as muralhas ruirão.

7. E os polvos habitarão os teus porões e as negras jamantas as tuas lojas de decorações; e os meros se entocarão em tuas galerias, desde Menescal até Alaska.

8. Então quem especulará sobre o metro quadrado de teu terreno? Pois na verdade não haverá terreno algum.

9. Ai daqueles que dormem em leitos de pau-marfim nas câmaras refrigeradas, e desprezam o vento e o ar do Senhor, e não obedecem à lei do verão.

10. Ai daqueles que passam em seus cadilaques buzinando alto, pois não terão tanta pressa quando virem pela frente a hora da provação.

11. Tuas donzelas se estendem na areia e passam no corpo óleos odoríferos para tostar a tez, e teus mancebos fazem das lambretas instrumentos de concupiscência.

12. Uivai, mancebos, e clamai, mocinhas, e rebolai-vos na cinza, porque já se cumpriram vossos dias, e eu vos quebrantarei.

13. Ai de ti, Copacabana, porque os badejos e as garoupas estarão nos poços de teus elevadores, e os meninos do morro, quando for chegado o tempo das tainhas, jogarão tarrafas no Canal do Cantagalo; ou lançarão suas linhas dos altos do Babilônia.

14. E os pequenos peixes que habitam os aquários de vidro serão libertados para todo o número de suas gerações.

15. Por que rezais em vossos templos, fariseus de Copacabana, e levais flores para Iemanjá no meio da noite? Acaso eu não conheço a multidão de vossos pecados?

16. Antes de te perder eu agravarei s tua demência — ai de ti, Copacabana! Os gentios de teus morros descerão uivando sobre ti, e os canhões de teu próprio Forte se voltarão contra teu corpo, e troarão; mas a água salgada levará milênios para lavar os teus pecados de um só verão.

17. E tu, Oscar, filho de Ornstein, ouve a minha ordem: reserva para Iemanjá os mais espaçosos aposentos de teu palácio, porque ali, entre algas, ela habitará.

18. E no Petit Club os siris comerão cabeças de homens fritas na casca; e Sacha, o homem-rã, tocará piano submarino para fantasmas de mulheres silenciosas e verdes, cujos nomes passaram muitos anos nas colunas dos cronistas, no tempo em que havia colunas e havia cronistas.

19. Pois grande foi a tua vaidade, Copacabana, e fundas foram as tuas mazelas; já se incendiou o Vogue, e não viste o sinal, e já mandei tragar as areias do Leme e ainda não vês o sinal. Pois o fogo e a água te consumirão.

20. A rapina de teus mercadores e a libação de teus perdidos; e a ostentação da hetaira do Posto Cinco, em cujos diamantes se coagularam as lágrimas de mil meninas miseráveis — tudo passará.

21. Assim qual escuro alfanje a nadadeira dos imensos cações passará ao lado de tuas antenas de televisão; porém muitos peixes morrerão por se banharem no uísque falsificado de teus bares.

22. Pinta-te qual mulher pública e coloca todas as tuas jóias, e aviva o verniz de tuas unhas e canta a tua última canção pecaminosa, pois em verdade é tarde para a prece; e que estremeça o teu corpo fino e cheio de máculas, desde o Edifício Olinda até a sede dos Marimbás porque eis que sobre ele vai a minha fúria, e o destruirá. Canta a tua última canção, Copacabana!

Rio, janeiro, 1958



Texto extraído do livro "Ai de ti, Copacabana", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 99.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

De volta

Depois de duas semanas de férias, muito frio e geada no RS (mas muita comilança também), estou de volta. Arre, égua, que foi brabo levantar às 6 da manhã de novo.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

É tetra!!!

Por 12 anos e 12 dias, aqueles três gols do Paolo Rossi ficaram entalados na garganta, naquela única vez que chorei de tristeza por causa de futebol. A tragédia do estádio Sarriá, em 5 de julho de 1982, havia marcado minha infância e adolescência. Puxa vida, se com aquele time da Copa da Espanha o Brasil não tinha conseguido ser campeão, não seria nunca mais.

Porém, o dia 17 de julho de 1994 seria a data da redenção. Final da Copa dos EUA contra a mesma Itália que deixara um travo amargo na boca em 1982. Não importava que jogasse feio, que a posse de bola fosse mais valorizada que o gol. Importava era ser campeão, pra exorcizar a Itália e o Rossi e sua camisa 20 (como pode alguém ser artilheiro de Copa com a camisa 20, meu Deus do céu?).

Enfim, a vitória veio nos pênaltis – o mesmo pênalti sonegado em 1982 por Sua Excelência, o árbitro, quando o Gentili puxou tanto que rasgou a camisa do Zico. E nada melhor que ver três dos melhores jogadores deles perdendo: o chute do Massaro defendido por Taffarel; Baresi e Roberto Baggio mandando a bola lá na arquibancada.

Enfim, eu era um liberto.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Vive La France!



Deixei de lado Mireille Mathieu e Edith Piaf e escolhi esta sequência de Casablanca para homenagear o 14 de julho: o momento em que La Marseillaise é cantada por todo o bar no meu filme predileto.

A sequência começa com o hino alemão, cantado pelos nazistas. Aos poucos, o hino francês vai subjugando o alemão até que os oficiais nazistas desistem de enfrentar no gogó a Resistência Francesa, uma das mais belas páginas de luta pelos ideais da revolução: liberdade, igualdade e fraternidade. Vive La France!!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O maior dilema de Camões

Soneto 48 – Luís de Camões

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Algua cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.


Este é um dos vários sonetos dedicados por Camões à bela Dinamene, uma oriental pela qual o poeta se apaixonou e que morreu em um naufrágio na foz do rio Mécon, na Indochina. Na hora do naufrágio, apesar de apaixonado, Camões não teve dúvidas: entre ser o marido de Dinamene e o pai de Os Lusíadas, preferiu a segunda opção.

Para Dinamene, o negócio até que não foi tão ruim assim. Morreu afogada, é claro, mas foi imortalizada nos versos do poeta. Se ele tivesse preferido a moça, ela provavelmente seria hoje apenas “a mulher daquele poeta português de vasto talento, mas muito azarado, que perdeu a maior obra em um naufrágio”.

Giancarlo e a janela


Taí a cena do crime: Giancarlo, calmamente sentado na janela que, minutos depois, seria o cenário da inusitada cena de "salto em altura à procura de um colorado de quem tirar sarro". Os dois que completam a cena são o Rafael (no sofá) e Robson, de olho no show de bola corinthiano na noite de 17 de junho.


domingo, 12 de julho de 2009

Ainda bem...

Quando saiu a tabela do Brasileirão 2009, lamentei muito que o jogo Grêmio X Corinthians não estivesse marcado para uam semana depois do previsto inicialmente. Na próxima semana, estaremos de férias e viajaremos para o RS. Minha intenção era ir ao jogo no Olímpico. O chocolate que o Corinthians levou neste domingo me fez agradecer. Pelo menos não presenciei aquele vexame.

O segundo e o terceiro gols foram emblemáticos da atuação da defesa(?!!) do Corinthians. No segundo, o Jonas (meu Deus, levar gol do Jonas é fim de feira!) veio sozinho desde o meio do campo, parou na entrada da pequena área e cabeceou, sozinho, pra fazer o gol. No terceiro, o Rafael Marques quase agachou para cabecear a bola. Nos dois gols, uma semelhança incrível: a defesa totalmente parada, só olhando.

Que o Grêmio jogou muito melhor e mereceu vencer a partida, perfeito. Mas tomar aqueles dois gols daquela forma é inaceitável. Agora é fazer o Sport pagar o pato.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Dia mundial da pizza


Veja se não é uma beleza? Nham-nham-nham!!! Um brinde à homenageada do dia!
Pra quem quiser saber mais sobre a origem da pizza e outras curiosidades, recomendo o post sobre as redondas do blog Sbrigati in cucina, da geógrafa e escritora Teresa Silvestri, que acabei de descobrir e é muito legal.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

MMDC




No aniversário da revolução constitucionalista de 1932, segue o poema magistral do grande Guilherme de Almeida em homenagem à bandeira paulista.


Nossa Bandeira

Guilherme de Almeida

Bandeira da minha terra,
bandeira das treze listas:
são treze lanças de guerra
cercando o chão dos Paulistas!

Prece alternada, responso
entre a cor branca e a cor preta:
velas de Martim Afonso,
sotaina do Padre Anchieta!

Bandeira de Bandeirantes,
branca e rota de tal sorte,
que entre os rasgões tremulantes
mostrou a sombra da morte.

Riscos negros sobre a prata:
são como o rastro sombrio
que na água deixava a chata
das Monções, subindo o rio.

Página branca pautada
por Deus numa hora suprema,
para que, um dia, uma espada
sobre ela escrevesse um poema:

Poema do nosso orgulho
(eu vibro quando me lembro)
que vai de nove de julho
a vinte e oito de setembro!

Mapa de pátria guerreira
traçado pela Vitória:
cada lista é uma trincheira;
cada trincheira é uma glória!

Tiras retas, firmes:
quando o inimigo surge à frente,
são barras de aço guardando
nossa terra e nossa gente.

São os dois rápidos brilhos
do trem de ferro que passa:
faixa negra dos seus trilhos,
faixa branca da fumaça.

Fuligem das oficinas;
cal que as cidades empoa;
fumo negro das usinas
estirado na garoa!

Linhas que avançam; há nelas,
correndo num mesmo fito,
o impulso das paralelas
que procuram o infinito.

Desfile de operários;
é o cafezal alinhado;
são filas de voluntários:
são sulcos do nosso arado!

Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
o coração do Paulista!

sábado, 4 de julho de 2009

Ronaldo Fenômeno converte até o Giancarlo

Entre todas as coisas que a vitória do Corinthians na final da Copa do Brasil me proporcionou, a mais inesperada, diria até "absurda", foi o Giancarlo saltando pela janela da casa da Carine Biscaro para comemorar o gol do Ronaldo no primeiro jogo.

Calma, eu explico. Todo mundo que conhece o Gian sabe que ele não tem a menor atração por futebol. Nem na Copa do Mundo. Só que poucas coisas têm tanto sabor para o Gian que a possibilidade de tirar um sarro de alguém. E o pobre do Rodrigo Rother foi a vítima desta vez.

Naquele dia, fazíamos um churrasco para comemorar um objetivo alcançado na empresa. Na hora do jogo, enquanto o povo continuava comendo lá na edícula, fomos ver o jogo: Rodrigo (colorado), Polline (a "aspira" corinthiana) e eu. Quando o Ronaldo fez o gol, Polline e eu comemorávamos e o Rodrigo praguejava. Nisto surge, ensandecido, o Giancarlo saltando a janela da sala que dá para o quintal pra tirar um sarro do colorado. Seu eu não tivesse visto, jamais acreditaria! Ainda bem que o Corinthians não levou gol naquela noite: facilitou nossa conquista e me poupou de passar por aquilo.

Tudo bem, vocês vão dizer que o título está forçado. Mas, não acham que eu perderia essa chance, né?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Surfando a onda


Frank Maia genial, como de costume. Mais algumas dessas genialidades você encontra no Xinelão Studio.

O título que ele colocou no post lá é "Fiel desde criancinha".

quinta-feira, 2 de julho de 2009

TRICAMPEÃO!!!

Foi um espetáculo. Depois de todo o chororô do cartola do Inter, o Corinthians foi a Porto Alegre e atropelou. Só tomou aqueles dois gols porque já estava com a partida ganha. Parabéns ao Corinthians, legítimo tricampeão da Copa do Brasil. Quero ver o que vão inventar agora pra falar.

Aproveitem e vejam o vídeo produzido pela Nike para ser exibido aos jogadores antes da final.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A queda (de público)

Tá certo que a ideia não é original e que já foi usada pra sacanear muita gente. Mas esse aqui ficou muito bem feito. Claro que é coisa pra corinthiano rir, mas garanto que torcedores de outros times (inclusive do São Paulo) também vão gostar.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A família vai crescer

Soube esta semana que minha irmã Rosana está grávida. Deve estar com mais ou menos um mês de gravidez. Mariana gostou de saber que vai ganhar um primo – ou prima, é claro. A previsão é de que nasça lá por fevereiro do ano que vem. Vamos aguardar os novos acontecimentos. Parabéns, irmã. Que dê tudo certo aí!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Uma década!! (4)

O padre Mário Sérgio, que celebrou nosso casamento, é uma figuraça, também. Protagonizou duas cenas engraçadas. Na primeira, ao ver a Carine tremendo, perguntou a ela se estava nervosa.

- Não, padre. É frio, mesmo!

Como já falei em um post anterior - lembrança confirmada pelo comentário da Alexandra -, estava um frio de rachar com vento sul e tudo.

A segunda cena foi no final da cerimônia. O padre deu a deixa para o tradicional beijo dos noivos:

- E toda cerimônia termina assim...

Ele, é claro, esperava que eu desse o beijo. Mas, como eu morro de medo de gafes, fiquei na minha, sem entender o que ele queria dizer.

- E toda cerimônia termina assim...

E eu, nada!! Mantive a postura até que, baixinho, ele me deu a dica:

- O beijo!!

O povo que ouviu caiu na risada. Eu, é claro, não esperei o padre falar de novo. Sacumé, né? O padre manda, o fiel obedece.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pato Donald - 75 anos


Hoje é aniversário de um dos personagens mais legais dos desenhos animados: o enfezado Pato Donald faz 75 anos. Azarado, nervosinho, irritado, mas de bom coração, o pato mais maluco da animação surgiu em 1934, no desenho "A Galinha Espertalhona", adaptada de um conto russo em que uma pequena galinha procura ajuda para plantar um campo de milho. Segundo o UOL, o personagem foi bolado como um contraponto ao bom moço Mickey Mouse (o bom moço é por minha conta).

De lá pra cá, Donald apareceu em 128 desenhos como protagonista. Fora os outros, nos quais aparece ao lado de Mickey, Pluto e Pateta, por exemplo.

Parabéns, Donald!

Coisas de Mariana 3

No final de semana, estávamos no carro – Carine, Mariana e eu – quando a Mariana começou a nos contar que tinha ouvido não sei onde a música “Arenciê”. Como eu não conhecia a tal canção, fiquei quieto.

Logo ela explicou: “É aquela que tocou no rádio ontem”. E começou a cantarolar “Aaa-ren-ci-ê” na melodia de YMCA, do Village People.

Minha vontade foi parar o carro pra rir. Mas, como ela fica muito braba quando acha que estamos rindo dela, achei melhor não provocar a oncinha.

Uma década!! (3)

"Crime" e "castigo"

Todos que foram ao nosso casamento vão se lembrar: estava frio pra caramba. Vento Sul e um ar gelado pra acabar. Além disso, o casamento estava marcado para as 8 da noite e a festa foi no Campeche, onde o vento soprava com mais intensidade. Há que considerar também a falta de costume de muita gente que veio, pois havia convidados de SC, RS, PR, SP, RJ, MG e até RN.

Certamente, um dos que mais sofreram com o frio foi meu irmão mais velho, o Jorge, que mora desde 1989 no Rio de Janeiro. Sabemos que carioca coloca casaco pesado quando a temperatura atinge 20º. Em algumas fotos, já pela madrugada, ele aparece de sobretudo de lã.

Pois bem. Talvez traumatizado pelo frio de rachar do final de outono em Florianópolis, casamento à noite, com vento sul, ele resolveu se “vingar” de mim: Casou-se em março, pleno verão, em Lorena, às 5 da tarde, com um sol de rachar mamona. Quem conhece minha cidade sabe que lá é uma versão valeparaibana de Blumenau – encravada no Vale do Paraíba, em SP, abafada e sem um ventinho. Mas valeu. Foi bem bacana.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Uma década!! (2)

Entre todos os meus padrinhos de casamento, o mais figura, sem dúvida, é o Ives. Uma amizade que já dura exatos 30 anos. Pois o Ives, é claro, não poderia ficar de fora da minha lista de padrinhos. Junto com a saudosa Tiê, formou um dos 14 casais que abençoaram – sete de cada lado – meu casamento com a Carine.

Mão de vaca a não mais poder, é famoso por seu pão-durismo. Devo reconhecer, porém, que comigo nunca teve disso. Sempre foi bastante generoso e mão aberta.

Mas, tudo, é claro, tem um limite. Ou chega perto disso. Pouco menos de um ano antes, estive em Lorena para passar o dia dos pais. Aproveitei, então, para convidá-lo para ser meu padrinho. Já tinha esquematizado quase tudo – quem faria par com quem, quem ficaria para cada lado, etc. Dando uma volta de carro, aproveitei e fiz o convite:

- Olha, quero que você seja meu padrinho de casamento – falei.
- Eu?, respondeu o Ives, assustado.
- Isso mesmo, vai ser par com a Tiê. E não aceito não como resposta.

Meio sem jeito, emocionado, respondeu que sim, que seria meu padrinho.

- Sabia que você não ia negar isso, concluí o papo.

Pois não é que, uns dias antes do casamento, ele confessou? Na ocasião do convite, quase havia chorado. Mas nem tanto de emoção:

- Só de pensar no quanto eu ia gastar pra ir no seu casamento, quase chorei mesmo.

Desgraçado. Acho que foi por isso que, pra me castigar, ele não botou gravata e nem fez a barba. Tá certo que a barba dele é ainda mais rala que a minha e quase não se nota. Deve ter ficado com pena de gastar barbeador.

Abraço, amigo!!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Uma década!! (1)

Hoje estamos completando, Carine e eu, 10 anos de casados. Naquela noite, um frio de rachar, comecei uma nova vida, ao lado da mulher que eu amo e que, desde então, aguenta minhas manias e meus maus humores. O amor, porém, é enorme. Amor que resultou numa das criaturas mais figuraças que já conheci - Mariana, nossa filha de sete anos.

Nos próximos dias eu tiro um tempo pra contar algumas das histórias engraçadas do dia 5 de junho de 1999. Do noivo que chegou depois da noiva à incrível história do padrinho emocionado.

Deixa eu ir que ela me espera e o trânsito está, como de hábito, um inferno.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Eles não sabem nada (e não querem saber)!


Depois o povo fica brabo e diz que eu sou paranóico. Pois o DC de hoje traz uma materinha sobre a Festa do Divino, em Florianópolis, que acabou neste domingo.

A chamada na contracapa:
"Maricota diverte as crianças"
A legenda da foto:
"No último dia da Festa do Divino Espírito Santo, ontem, no Centro de Florianópolis, a personagem foi uma atração."

Até aí, nada de mais, não fosse pelo simples fato de que a foto mostrava... uma Bernúncia.

Viu, quem manda botar gente que despreza a cultura local fazer essas coisas?

Duvidam? Olha a foto aí.

Dá-lhe, Valente!

Cesar Valente acaba de postar um texto espetacular sobre Florianópolis ter ficado de fora da lista de cidades que sediarão a Copa 2014 e essa mania de culpar os outros quando, na verdade, os incompetentes são bem conhecidos.

Nem vou me alongar muito: leiam lá no http://www.deolhonacapital.com.br/

O título da nota é "Os alhos e os bugalhos".

Tá explicado

Agora eu entendi porque jornalista em Santa Catarina ganha tão mal. Aliás, entendi que jornalista aqui no estado não só ganha mal, mas também não tem o direito de querer ganhar melhor. Afinal de contas, as empresas jornalísticas catarinenses são entidades filantrópicas. E quem trabalha para entidade filantrópica deve se contentar em fazer o bem e não esperar lucrar com isso.

Não entendeu? Pois eu explico. Na sessão da última quinta-feira no TSE, o ministro Félix Fischer, relator do processo contra o Napoleão de Hospício, inocentou o governador. Entre os argumentos do relator, a falta de um contrato entre o governo do estado e os jornais do interior que comprovasse um conluio entre eles para promover a candidatura do Napoleão catarinense “por toda Santa Catarina”, um ano antes do período eleitoral.

É, de fato deveria existir um contrato no qual o governo reconhece que estava dando dinheiro para os jornais promoverem a candidatura do governador. Será que o ministro esperava um contrato registrado em cartório? Ah, deve ter vários desses entre traficantes e policiais corruptos. Ou entre servidores corruptos e empreiteiras, prevendo o pagamento da comissão nas licitações.

O ministro também disse não ver indícios de que a promoção da figura do Napoleão de Hospício seria uma espécie de retribuição à suculenta verba de publicidade com que o governo vem brindando os jornais do interior. Ora, ministro, por favor. Quer dizer então que mais de uma centena de jornais de todo o estado resolve fazer uma promoção indecente daquelas em troca de nada? Só pela simpatia do governador e pela bela(?) voz(??!!!?) da primeira-filha? Em que mundo o senhor vive?

Assim, só posso concluir que as empresas são entidades filantrópicas, que fazem o bem – mas, olhando atentamente a quem. No caso, a quem tem o poder e a caneta na mão.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Istepô Center

Quem acompanha o campeonato de basquete da NBA conhece o Staples Center, casa do Los Angeles Lakers. Como dizem que Florianópolis, agora, também vai ter uma arena, que tal batizá-la de Istepô Center?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Napoleão de hospício

O Napoleão de hospício comparou, em mais um arroubo de modéstia, os atos da descentralização(?) com o desembarque aliado na Normandia, em 1944. Eu morro e não vejo tudo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Dia das Mães

Mãe, muito obrigado por tudo e que a senhora tenha tido um feliz dia das mães.

Com profunda saudade, aí vai a tradicional “Mamãe”, de David Nasser e Herivelto Martins.



Ontem foi dia das mães, por isso presto aqui minha homenagem a minha mãe. Dona Glória é uma pessoa espetacular: trabalhadora, rigorosa, amorosa, rígida com nossa educação e uma manteiga derretida. Depois de todos esses anos morando fora, é impossível não ficar triste com a distância.

Lembro do primeiro dia das mães que passei longe dela. Foi em 1993, quando vim morar aqui. Fui visitar minha tia, em Blumenau. Na noite de sábado, fui à missa e, na hora da tradicional homenagem às mães, me debulhei em lágrimas.

Desde 1993 eu moro em Santa Catarina. Nesse tempo todo, só uma vez – que eu me lembro – nós passamos juntos o dia das mães.

Foi em 1999. Um mês antes de me casar, fui para Lorena resolver umas pendências – coisa pouca, tanto que fiquei lá apenas por três dias. Combinei com minha mãe que visitaríamos o Asilo de São José. Ela procurou saber quantas senhoras moravam lá e comprou botões de rosa para todas elas.

No dia, logo depois do almoço, fomos lá entregar as rosas. As imagens que eu vi nunca mais me saíram da lembrança: pessoas abandonadas pela família, algumas no fundo de uma cama, mas todas com um brilho incomum nos olhos quando se falava dos filhos. Ninguém demonstrava mágoa por ter sido deixado ali. Em resumo: só mesmo o coração de mãe para perdoar.

Saímos de lá arrasados – minha mãe até queria ir depois ao cemitério, visitar o túmulo da minha avó, mas não conseguiu – mas contentes de ter alegrado, nem que por apenas alguns instantes, a vida de outras mães como ela, que por muitos anos sofrem por não estarem perto de seus filhos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Fenomenal

Eu já tinha avisado: Tremei, bandidos! O Fenômeno voltou.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Eu nunca vou te abandonar!!!

Só assistam e pensem se a de vocês teria esta força.


G20 adere à filosofia do Pastel de Feira

Modestamente, o Pastel de Feira parece que está ganhando adeptos a sua filosofia: "Para quem gosta das coisas simples e boas da vida". Até o G20 aderiu. Vejam só matéria publicada nesta quinta-feira na Folha de S. Paulo.

Contra a ostentação, G20 chama Jamie Oliver para servir um jantar "rústico"
DE LONDRES

Depois do vexame de uma reunião do G8 no Japão no ano passado – em que um encontro para discutir a crise de alimentos no mundo teve um cardápio com oito pratos e 18 opções, como caviar e Kobe beef –, o governo britânico chamou o chef-pop-star Jamie Oliver para cuidar do jantar oferecido aos líderes do G20 ontem à noite.

No cardápio, o inglês deixou de lado os ingredientes sofisticados e fez um menu quase "rústico", com salmão com vegetais de entrada e carneiro com batatas, cogumelos e molho de menta de prato principal.

Além dos líderes do G20, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o jantar incluiu convidados como a autora de Harry Potter, JK Rowling, e a modelo festeira Naomi Campbell.

Oliver levou para ajudá-lo ontem à noite integrantes da cozinha de seu restaurante em Londres, o "Fifteen", que treina jovens de origem humilde para mantê-los afastados da violência e das drogas.

A escolha de Oliver, um chef megapopular em boa parte do mundo, famoso por descomplicar o modo de cozinhar, e desse menu tem tudo a ver com o atual momento de crise econômica.

Em entrevista à Folha no ano passado, Oliver já havia dito que gostava de "cozinhar boa comida caseira".

E a última coisa que os governantes querem é dar uma demonstração de que estão desconectados das dificuldades do cidadão comum, por isso o menu tão simples, incomum para uma reunião como essas.
(PDL)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Paulo Brito

O bom velhinho sempre nos pregando peças e causando emoção por onde passa. Sem mais delongas, aqui está o discurso do Brito na aula inaugural desta semana no curso de jornalismo da UFSC. Se na minha formatura, em 1997, eu vacilei e deixei de pedir a ele uma cópia do discurso que emocionou a todos, agora faço questão de publicar o que ele disse diante de alunos que só ouvem falar dele e só o ouvem falar na CBN Diário. O Brito é muito mais do que o velho ranzinza que aparenta. Ele é o Paulo Brito.

Triunfar ou Fracassar

“I Had Good Times” – Rocky Balboa
“I Have a Dream” – Martin Luther King, Jr.
“As Time Goes By” – Jimmy Durante


Quero agradecer o convite que me honra e permite reviver momentos da minha vida e os 30 anos do Curso de Jornalismo da UFSC.

“Há um vento atrás de cada um de nós. Que nos acompanha pela vida.
Nunca o vemos.
Não podemos manipulá-lo.
Esse vento me trouxe a este lugar, e estou contente de que o poder, que me conduziu até aqui, o fez com sabedoria. E esse poder é a minha fé (1)”. Vou contar-lhes uma história.
Prestem atenção.
Vim aqui com uma condição: de não falar do Roberto Alves, do Miguel Livramento e nem responder se torço por Avaí ou Figueirense, porque quando fui a um estádio de futebol - pela primeira vez -, aos 16 anos, havia muitos clubes de futebol na cidade. Você poderia escolher, mas alguns amigos preferiam torcer pelos clubes cariocas, ouvindo as rádios do Rio de Janeiro, assistindo ao Canal 100 no cinema e esperavam a chegada dos jornais do Rio, no outro dia na Banca do Beck, para discutirem detalhes, como se os jogos tivessem sido jogados aqui:
1. O Globo era o mais vendido
2. Os políticos preferiam o Jornal do Brasil
3. Os mais jovens e rebeldes, a Última Hora –
Atraídos pelos textos de Jacinto de Tornes, João Saldanha e Nelson Rodrigues que escreviam, também, sobre futebol.
Estou falando dos anos 50 e 60.
Não havia televisão na cidade e os jornais locais: A Gazeta e O Estado – eram impressos folha a folha em gráficas e não havia mercado para os jornalistas.
Eu nem sabia o que era isso.

A lição

No livro, a “Construção da Personagem” de Constantin Stanislavski, li o que o professor Luiz Scotto, desse Curso de Jornalismo, costuma dizer:
“Se não houver história não haverá nada”.
Em janeiro de 1969 virei jornalista. Tenho um telegrama, datado de 14 de janeiro, enviado pela Betty Kalil, uma amiga, que escreveu assim: “Parabéns Jornalista. Inscrições até o dia 19”.
Em dezembro de 68, eu havia feito vestibular para a Faculdade dos Meios de Comunicação Social – FAMECOS – da PUC de Porto Alegre e passei. Conferi o resultado no jornal Correio do Povo e sai procurando por amigos para contar.
No Ponto Chique, ainda não havia calçadão da Felipe, em Florianópolis e asfalto para Porto Alegre, estações de televisão, jornais modernos e um monte de coisas que existem agora...
Encontrei o Nilson Cardoso, fotógrafo e cinegrafista do Palácio do Governo, que me deu um conselho.
- Não faz isto! Olha tu o amanhã! Apontando para si mesmo e prosseguiu: “Vai estudar medicina, engenharia ou vai morar em Lages”.
Em 1967, eu fizera vestibular para medicina e não gostei do que vi no anatômico. Acabara de chegar de Minas, onde fiz um Curso Técnico de Eletricidade na CEMIG para trabalhar na CELESC e sobre ir para Lages? Bem o primo irmão do meu pai, Darci Pereira, havia me dito a mesma coisa - cinco anos, em Joinville, quando andava pelas cidades de Santa Catarina, vendendo cobertor.
Eu não acreditei no Darci e nem no Nilson Cardoso, que casar com uma filha de um fazendeiro rico, de Lages, seria um bom emprego ou um sonho para se viver.

Querer ser o que sou

O filme “Rocky: O Lutador”, lançado em 1977, ganhou três Oscar como melhor filme, melhor diretor e melhor edição. Hoje, eu queria lembrar do último, intitulado: “Rocky Balboa” produzido em 2006, quando a personagem Rocky, aos 50 anos decide voltar a lutar e conversa com o filho:

- O que há de louco em querer ser o que sou? O mundo não é um mar de rosas...
...E não importa o quão duro seja você - apanhará e ficará de joelho, e ficará ali se permitir.

Nem você, nem ninguém bate tão forte quanto a vida. Não importa você teria que seguir adiante. E não colocar a culpa nesse ou naquele.
Os covardes fazem isso!
E você não pode ser covarde!
Você é melhor do que isso!
Mas enquanto não começar a acreditar e ter fé em si mesmo não poderá ter uma vida”.

Eu acreditei...

Mário Medáglia reproduziu no seu Blog – Batendo Forte, um texto do Nei Duclós. Eles são dois velhos companheiros dos primeiros anos do “Jornal de Santa Catarina”, fundado em 1º de setembro de 1971 e que se transformou, sob a batuta de Nestor Fredizi, na melhor oficina do jornalismo, como ofício, em nosso estado.

- Era apenas um jornal regional, para nós era um embate sério e difícil. Morávamos todos no mesmo casarão, que chamávamos de mansão, situado ao lado da sede do jornal – uma antiga fábrica de chapéus. O jornalismo era um ofício para valer e ficávamos o dia todo na redação. Produzíamos a melhor edição de um diário, com meia dúzia de resistentes.

“Bons tempos”!

Para ele, ficaram as histórias, a saudade e o sentimento de ter pertencido a uma geração. Diz Nei: “Éramos uma porção do jornalismo vocacionado e sério”...
Foi com esse espírito e nesta época que voltei à cidade junho de 1972. Em dezembro, formei-me numa noite e dois dias depois, casei. Fui trabalhar na Sucursal do Jornal de Santa Catarina, aqui em Florianópolis. Esse sentimento descrito por Duclós eu encontrei, sete anos depois, no Curso de Jornalismo da Federal, em 1979, quando entrei neste projeto que está completando 30 anos.
Por duas vezes o curso não saiu, porque não havia mercado.
Não preciso contar a história do Curso, o Moacir e o César o fizeram. Quando ele começou, já havia televisão na cidade, os jornais eram impressos em rotativas e publicavam fotos dos jogadores de Avaí e Figueirense... Havia um mercado para jornalistas.
Dez anos mais tarde, em 1989, depois de andar por São Paulo e Barcelona, virei coordenador de um Curso de Jornalismo, que produziu um áudio-visual com fotografias feitas pelos alunos, que se transformou numa bela página da história desta turma intitulada: "Diretas Já". O trabalho foi produzido e editado pelo professor Daniel Herz.

Produção

O Curso também produziu um filme; o jornal Zero conquistou prêmios na PUC; professores e alunos participaram, com destaque, de Congressos de Comunicação e realizamos um deles, aqui, que produziu histórias fantásticas sobre uma Brasília Amarela.
Foi no Curso que me emocionei com a história do Metropol, que virou um livro, porque ninguém acreditava no Zedassilva. Assim, ele teve que produzir um TCC para provar ao Yan Boechat que o Metropol existiu;///
O Maeda – um brasileiro quer era japonês no Brasil e brasileiro no Japão - fez outro livro de fotografia sobre os portos em Santa Catarina, outra emoção. Meu pai foi embarcadiço, trabalhava em um navio e navio atraca em porto.
No Curso editaram-se imagens em on line, num computador, antes que as redes de TV o fizessem. Uma maravilha! O Curso virou referência, o número um no Brasil graças aos seus professores e alunos, que também ajudou a mudar a história do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e, hoje, um dos ex-alunos é presidente da FENAJ.

Fui longe demais

Em 1998, retirei-me da UFSC, aos 55 anos e voltei aos microfones, porque o primeiro salário que cobrei, como jornalista, foi o de comentarista esportivo na Rádio Farroupilha, em Porto Alegre, ainda como estudante.
Desde o telegrama da Betty Kalil até hoje passaram-se 40 anos. Casei, descasei, tive dois filhos, um deles morreu no ano passado. Deixei de ser revolucionário. Deixei de gostar do Brizola. Tive namoradas e amantes.
Meu sonho foi longe demais...
Nesses anos que passei no Curso, guardo boas lembranças e quero lembrar três delas:
1ª - a homenagem que a turma Direta Já, a mais politizada, me fez,///
2ª - de participar da banca do TCC do Zedassilva sobre o Metropol e///
3ª - de quando vi o Pedro Valente, filho do César, sentado nas cadeiras do Curso. Chorei, porque meus filhos não podiam subir escadas...
Pediram-me para falar da falta de mercado, de tecnologia e de evolução nestes 30 anos. Preferi a história das emoções que vivi, porque quem faz o mercado são vocês...
Vão à luta.
Quando eu fui para a FAMECOS, o ônibus passava pela Ponte Hercílio Luz, não havia calçadão da Felipe, estações de televisão, jornais modernos, computador, fax, telefone móvel e um monte de outras coisas que existem agora...
Eu nasci sem sapato, não havia asfalto até Porto Alegre, lá eles riam do meu sotaque e me chamavam de “Catarina – comedor de bananas” - trabalhei na Caldas Junior, Estado de São Paulo, Jornal da Tarde, O Globo e agora estou há 11 anos na RBS.///
O que eu poderia querer mais?
Eu aproveitei as oportunidades que apareceram. E o Nilson – fotógrafo do Palácio - queria que eu fosse casar em Lages.///
Obrigado aos que fizeram parte desta história. Mandei bem, heimmmm?

1 - John Patrick Shanley em Doubt (Dúvida) – 2008, USA, Miramar Films Corp.
2 – Constantin Stanilavski – Construção da Personagem – 10ª Ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
3 – Sylvester Stallone em Rocky Balboa – 2006, com Sylvester Stallone, Burt Young. Direção Stallone.

terça-feira, 31 de março de 2009

Ankito


A morte do comediante Ankito, na tarde de ontem, marca o adeus a mais um comediante da época de ouro das chanchadas brasileiras. É uma pena que as novas gerações não conheçam esses filmes que pouco - ou nada - tinham de apelação. Li algumas matérias sobre a morte dele e muitos relembraram exatamente essa característica: o humor inocente - ou quase, pois sempre houve Zé Trindade pra subverter um pouco esta ordem.


Lembro bem de assistir a vários desses filmes em sessões da TV Cultura. Em um desses, chamado Sai dessa, recruta!, ele contracena com minha conterrânea lorenense Consuelo Leandro, com Mário Tupinambá (aquele que enlouquecia quando chamado de "Camarão") e com Jorge Loredo, eternizado na figura de Zé Bonitinho. Tupinambá é um colega de batalhão e Loredo, um soldado maluco que está preso e monta uma bomba pra explodir a cadeia. Um primor!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Tremei, bandidos!! O Fenômeno voltou!!

É realmente uma vergonha que eu até hoje não tenha feito nenhum post aqui sobre a volta do Ronaldo aos gramados. Ainda não tinha encontrado a forma correta de expressar minha alegria. Sempre fui fã do cara. Acresce que a felicidade de vê-lo jogando novamente é dupla, pelo fato de ser com a camisa do Todo Poderoso Timão.

Ontem, no entanto, encontrei um texto muito bom sobre o "renascimento" do craque. O texto original saiu no francês Le Monde e o UOL publicou uma tradução. Vale a pena.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Sabedoria

Quer versinhos mais sábios que este aí?

Filosofia

Hora de comer – comer!
Hora de dormir – dormir!
Hora de vadiar – vadiar!
Hora de trabalhar?
Pernas pro ar que ninguém é de ferro.


Ascenso Ferreira (1895-1965)

Coisas de Mariana 2

Esta aconteceu no final de 2004. A Mariana tinha uma fita VHS com o desenho “A Princesa Encantada e o Segredo do Castelo”, uma historinha baseada de longe no “Lago dos Cisnes”. Ela via aquilo inúmeras vezes por dia. À noite, quando ela insistia para que colocássemos pela milésima vez, nós dizíamos a ela que a princesa estava dormindo e que só acordaria no dia seguinte.

Pois bem, uma noite a Carine teve um jantar com o povo de uma das escolas onde ela dava aula. Fomos levá-la e, quando ela desceu do carro, a Mariana começou a chorar, porque queria ficar com a mãe. E não havia o que a fizesse parar. O restaurante era em Palhoça e ela não dava sinais de que pararia de berrar a plenos pulmões até chegarmos em casa.

Foi quando eu tive a brilhante idéia (na época, ideia ainda tinha acento):

“Mariana, chegando em casa eu coloco a princesa pra você ver!”

A resposta veio como um raio:

“A PRINCESA TÁ DORMINDO!! BUÁÁÁÁÁ!!!”

Pastel de Feira também é cultura

Achei interessantíssimo este site. São aulas e palestras em vídeo, gravadas em diversas universidades do mundo todo, abordando inúmeros assuntos, de Mecânica Clássica a Freud. Sugestão do Rafael Ziggy, do Sim Viral.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Constrangimentos matemáticos

Já que a Paulinha e o Maurício Oliveira perguntaram, vamos aos constrangimentos causados por esta minha habilidade/mania/obsessão por contas de cabeça.

Quem me conhece sabe que eu nunca fiz questão de ser anônimo. Sempre tive o péssimo hábito de mostrar minhas habilidades, fossem elas quais fossem, nos lugares onde vou. Não chega a ser um defeito, mas eu bem que poderia controlar mais isso.

Muito bem. Naquelas paquerinhas adolescentes (nos anos 80, aquele ritual tão legal ainda tinha um quê de dificuldade), sempre que algum amigo queria sacanear comigo perto de alguma menina que eu estivesse conhecendo, vinha com a famosa:

- Marcelinho, faz uma continha de cabeça pra nós!!

Eu disfarçava, fazia que não era comigo, mas eles insistiam – principalmente o Marcus e o Luiz Fernando.

- Ah, faz uma continha de cabeça!!

Eles enchiam até que a garota ficasse curiosa e quisesse saber que raio de conta era aquela. Aí a paquera já ia pro vinagre.

- Ai, mas como é que você consegue isso?
- Nossa, que cabeça!!

A coisa, a esta altura, já tinha, na melhor das hipóteses, voltado à estaca zero. Isso quando não azedava de vez.

Outro problema era quando me pediam pra dividir a conta entre todos os presentes em uma mesa de bar, pizzaria, etc. Não todas as vezes, é claro, mas em algumas a coisa ficava xarope.

Todo mundo já duas doses acima da humanidade, e eu ali, perguntando a um por um o que tinha comido, quantas cervejas havia tomado, qual cerveja...

- Eu comi um x-egg com bacon, tomei duas cocas de garrafinha, uma Skol e pedi agora mais uma latinha pra levar pra casa!!

- Eu pedi batata frita e uma porção de espetito, mas essa eu vou rachar com ele aqui. Põe aí duas garrafas de Skol e uma coca. Não, espera, eu comi também um chocolate.

Bom, nesses casos, pelo menos, aconteceu algumas vezes de não precisar pagar minha parte e ainda sobrar uma merrequinha pra saideira. Era divertido.

É isso.

Coisas de Mariana

Já que o povo curte umas histórias engraçadas dos pequenos, também vou entrar nessa. Contar algumas historinhas engraçadas da Mariana, a figurinha que chegou em setembro de 2001 para alegrar nossa vida, é uma maneira de guardá-las pra sempre.

A última dela – com o tempo vou lembrando de outras – foi há alguns dias.

Apareceu uma foto do Chaplin na TV. Ela, que já é fã do grande gênio, saiu-se com esta:
- Pai, vai passar agora o filme do Charles “Chápolin”? (Assim mesmo, com a mesma pronúncia de Chaplin, mas com um “o” no meio, fundindo Carlitos e Chapolin num personagem só).

- Como é que é, Mariana – perguntei, fazendo de louco, pra ver se ela repetia.

- O Charles “Chápolin”. Apareceu ali uma foto dele. Vai passar o filme dele agora?

- Não, filha, não vai! É só um anúncio. Vai passar depois – expliquei, morrendo de vontade de rir.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Seis coisas - a convocação

Sábado de manhã e eu aqui, pensando em quem posso chamar para a brincadeira das seis coisas que não tenha feito ainda. Vamos lá, meus caros PH, Abu, Fábio (neste são dois blogueiros juntos), Tossulino e Mira.

As regras estão no post abaixo.

Mãos à obra!!

Marcelo

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Seiiiiis coisaaaas!! Versão brasileiraaaa B.K.S.

Fui chamado pela Alexandra (http://baldiblog-alexandra.blogspot.com/) e pelo Giancarlo (http://casaproenca.blogspot.com/) para listar seis coisas sobre mim. O critério é não ter critério.

Devo convocar seis blogueiros para fazer o mesmo. A desvantagem de entrar nestas brincadeiras depois que ela já rolou por vários dias é a falta de gente para indicar. Mas, vamos ver quem eu encontro.

Vamos lá:

1) Já vi Casablanca 38 vezes. Uma delas, no cinema.

2) Tenho uma memória de elefante e uma grande capacidade de fazer contas de cabeça. Já me rendeu muita coisa boa, mas também já me causou diversos constrangimentos.

3) Já trabalhei em escola de samba, fazendo carro alegórico, e desfilei vários anos no carnaval, como diretor de harmonia. Aquela pouco mais de meia hora que dura o desfile vale por todas as noites de carnaval de salão – de que eu também gosto, mas que nem chega perto.

4) Acho um crime pagar, em valores de 2009, mais do que R$ 100 ou R$ 120 em um par de tênis.

5) Quando criança, se minha mãe fizesse bife de fígado ou sopa, eu corria para a casa da minha tia e pedia para jantar lá, alegando que em casa não tinha comida. Hoje, meu ódio alimentar fica restrito à ervilha, a forma vegetal da barata. Eu realmente acredito que, se fosse permitido às baratas mudar de forma, elas escolheriam ser ervilhas.

6) Roo os cotovelos de inveja quando leio coisas como “...Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos” ou então “Não te irrites se te pagarem mal um benefício: antes cair das nuvens, que de um terceiro andar”, ambas do Machado de Assis. Ou então quando alguém, ao cumprir esta tarefa de listar seis coisas, que acabo de fazer, tem a capacidade de criar pérolas como esta: “Eu me correspondo secretamente com a Nicole Kidman”, (o 6º segredo do Maurício Oliveira). Miserável!! Vai ter criatividade assim lá nos quintos.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Olha a bagunça!!


Complementando o post anterior, com o passo-a-passo da farofa de içá, vai uma foto da criançada bagunçando o coreto, naquela mesma noite. Fernando fez a fogueira. Mariana, Letícia e Victor fizeram a festa.

O passo-a-passo da farofa de içá! Finalmente!

Meus amigos, finalmente resolvi aparecer por aqui novamente. Voltei a trabalhar e, sacumé, não dá tempo pra muita coisa.

Conforme prometi, aí vai o passo-a-passo da farofa de içá. Ilustrado com fotos tiradas lá em Lorena, no sítio do Fernando Miyazaki, que nos recebeu, como de hábito, muito bem. A noite foi de um ecletismo gastronômico incomparável. Além da farofa de içá, ainda rolou sashimi de tilápia, pirão de peixe, linguiça e costelinha de porco. Enfim, uma loucura.

Mas, vamos lá. Prometo ficar sem falar de içá por um bom tempo. O povo pode ficar enjoado.
Você vai precisar de bacon, farinha de mandioca torrada (aquela um pouco mais grossa é melhor), alho e sal.
Taí o bicho in natura, congelado e guardado a sete chaves pelo outro Fernando, o Alves. O Fernando Miyazaki foi quem preparou a farofa.



1) Limpe o içá, retirando patas, asas e ferrão, conforme o Fernando Alves faz aí. Sobram o abdome e a bunda. Lave bem e reserve.



2) Numa panela, frite bem o bacon picadinho e o alho, também bem picadinho.



3) Quando o bacon estiver a seu gosto (lembre-se de que ele vai continuar na panela, quando entrar o içá), acrescente o içá.



4) Deixe fritar e vá mexendo de vez em quando até dar o ponto desejado. Corrija o sal.




5) Acrescente a farinha de mandioca torrada. Aquela mais grossa “casa” melhor com o prato.




Está pronta a farofa. Agora é só reunir grandes amigos e mandar ver, de preferência com uma cerveja bem gelada!


sábado, 3 de janeiro de 2009

A turma do Leôncio


Neste sábado, reunimos a turma que se formou no final de 1989 no colegial (sou muito velho pra esta história de ensino médio). Não tinha muita gente, mas a animação foi enorme. Taí uma foto da turma.

Olha o içá aí!!!


Pra quem tinha curiosidade em ver o famoso içá, aí tem uma foto do bicho pronto. Na segunda-feira, vamos preparar aquela farofa especialíssima de içá. Na terça eu coloco as fotos do preparo.