segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Constrangimentos matemáticos

Já que a Paulinha e o Maurício Oliveira perguntaram, vamos aos constrangimentos causados por esta minha habilidade/mania/obsessão por contas de cabeça.

Quem me conhece sabe que eu nunca fiz questão de ser anônimo. Sempre tive o péssimo hábito de mostrar minhas habilidades, fossem elas quais fossem, nos lugares onde vou. Não chega a ser um defeito, mas eu bem que poderia controlar mais isso.

Muito bem. Naquelas paquerinhas adolescentes (nos anos 80, aquele ritual tão legal ainda tinha um quê de dificuldade), sempre que algum amigo queria sacanear comigo perto de alguma menina que eu estivesse conhecendo, vinha com a famosa:

- Marcelinho, faz uma continha de cabeça pra nós!!

Eu disfarçava, fazia que não era comigo, mas eles insistiam – principalmente o Marcus e o Luiz Fernando.

- Ah, faz uma continha de cabeça!!

Eles enchiam até que a garota ficasse curiosa e quisesse saber que raio de conta era aquela. Aí a paquera já ia pro vinagre.

- Ai, mas como é que você consegue isso?
- Nossa, que cabeça!!

A coisa, a esta altura, já tinha, na melhor das hipóteses, voltado à estaca zero. Isso quando não azedava de vez.

Outro problema era quando me pediam pra dividir a conta entre todos os presentes em uma mesa de bar, pizzaria, etc. Não todas as vezes, é claro, mas em algumas a coisa ficava xarope.

Todo mundo já duas doses acima da humanidade, e eu ali, perguntando a um por um o que tinha comido, quantas cervejas havia tomado, qual cerveja...

- Eu comi um x-egg com bacon, tomei duas cocas de garrafinha, uma Skol e pedi agora mais uma latinha pra levar pra casa!!

- Eu pedi batata frita e uma porção de espetito, mas essa eu vou rachar com ele aqui. Põe aí duas garrafas de Skol e uma coca. Não, espera, eu comi também um chocolate.

Bom, nesses casos, pelo menos, aconteceu algumas vezes de não precisar pagar minha parte e ainda sobrar uma merrequinha pra saideira. Era divertido.

É isso.

5 comentários:

Paulinha disse...

huahuaha dividir conta é dose, né!!!
beijos

Marcelo Santos disse...

Como eu falei, o bom disso tudo era quando acontecia de sobrar. Beijo e boas férias.

Ulysses Dutra disse...

Salve Marceleza!

Já tá no favoritos.

Um abração

Paulo Henrique disse...

Pois eu lembro de uma melhor. Comper, Trindade, lá pelos 1995... ou seis. Um churrasco marcado e grana contada pra comprar os víveres. A cada item na cestinha, lá vinha o subtotal da registradora Oliveira Santos. OK, acabou o dinheiro; direto pro caixa. A moça anuncia o valor e... bingo! deu diferença de centavos. Eu ri, como se fosse fácil calcular até os centavos. "Passa de novo isso porque tem alguma coisa errado". Bingo! A moça digitara (naquele tempo não havia código de barras na registradora) uns centavos errados. Uma mente realmente brilhante.

Marcelo Santos disse...

PH, nem eu lembrava mais desta. Era divertido!