segunda-feira, 11 de maio de 2009

Dia das Mães

Mãe, muito obrigado por tudo e que a senhora tenha tido um feliz dia das mães.

Com profunda saudade, aí vai a tradicional “Mamãe”, de David Nasser e Herivelto Martins.



Ontem foi dia das mães, por isso presto aqui minha homenagem a minha mãe. Dona Glória é uma pessoa espetacular: trabalhadora, rigorosa, amorosa, rígida com nossa educação e uma manteiga derretida. Depois de todos esses anos morando fora, é impossível não ficar triste com a distância.

Lembro do primeiro dia das mães que passei longe dela. Foi em 1993, quando vim morar aqui. Fui visitar minha tia, em Blumenau. Na noite de sábado, fui à missa e, na hora da tradicional homenagem às mães, me debulhei em lágrimas.

Desde 1993 eu moro em Santa Catarina. Nesse tempo todo, só uma vez – que eu me lembro – nós passamos juntos o dia das mães.

Foi em 1999. Um mês antes de me casar, fui para Lorena resolver umas pendências – coisa pouca, tanto que fiquei lá apenas por três dias. Combinei com minha mãe que visitaríamos o Asilo de São José. Ela procurou saber quantas senhoras moravam lá e comprou botões de rosa para todas elas.

No dia, logo depois do almoço, fomos lá entregar as rosas. As imagens que eu vi nunca mais me saíram da lembrança: pessoas abandonadas pela família, algumas no fundo de uma cama, mas todas com um brilho incomum nos olhos quando se falava dos filhos. Ninguém demonstrava mágoa por ter sido deixado ali. Em resumo: só mesmo o coração de mãe para perdoar.

Saímos de lá arrasados – minha mãe até queria ir depois ao cemitério, visitar o túmulo da minha avó, mas não conseguiu – mas contentes de ter alegrado, nem que por apenas alguns instantes, a vida de outras mães como ela, que por muitos anos sofrem por não estarem perto de seus filhos.

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