quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Quer lotar o cinema? Passe filme do Mazzaropi

Lorena, em priscas eras, tinha dois cinemas – o “Nosso Cinema” e o Cine Rex. O principal – o “Nosso Cinema” – era um espetáculo: 1.150 lugares, sendo 950 na platéia e 200 no mezanino – chamado, sabe-se lá por que, de “Pullman” – cujo ingresso custava o dobro do preço.

Numa cidade com poucas opções de lazer, ir ao cinema no final de semana era quase obrigatório. Porém, nem isso garantia lotação. Para ter certeza de que o cinema ia encher e a bilheteria ia bombar, o negócio era exibir filme do Mazzaropi.

Naquela época, parecia não haver muita preocupação com a segurança. Enquanto não lotasse tudo – inclusive os corredores – não paravam de vender entradas. Jamais vi cinema algum, em lugar nenhum, tão lotado quanto o de Lorena nos filmes do Mazzaropi. Certa vez, o cinema estava tão lotado que os funcionários mandavam que subíssemos para o “Pullman” sem precisar pagar o adicional.

E sabem por que tanto sucesso? Porque os filmes retratavam a vida simples do interior, pessoas que conhecíamos e que encontrávamos diariamente.

No meu caso específico, Mazzaropi me lembrava muito meu falecido tio Antonio, irmão da minha avó por parte de pai. Tio Antonio era uma figuraça que qualquer dia destes vai merecer um post aqui.

Já que falei de Mazzaropi, aproveito para recomendar uma visita ao Museu Mazzaropi. Fica na fazenda onde ele montou a PAM Filmes, em Taubaté.

http://www.museumazzaropi.com.br/

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