quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vitória com jeitão de Corinthians

É claro que todo mundo gostaria que seu time fizesse sempre 5 a 0 - principalmente em clássicos e jamais fosse ameaçado nos jogos. Mas, cá entre nós, que coisa boa que é poder comemorar o aniversário ganhando um clássico de virada nos minutos finais, não?

A partida de ontem contra o Santos no Pacaembu tinha tudo para ser uma festa, mas começou a ser pintada com cores tristes aos 7' do 2º tempo. Todo mundo sabia que o Santos só tem aquela jogada - o George Lucas lança a bola na área pra ver no que dá. E deu no gol das sardinhas.

A coisa parecia que não ia. Era um tal de passe errado e de cruzar bola na área que era uma grandeza. E o Filipe deles fazendo alguns milagres. Até que num cruzamento desses um cabeceou todo torto e, naquela de bate na trave e fica pedindo "me chuta", o tal de Bill conseguiu enfiar o pé e empatar o jogo, aos 34', quando os peixeiros já fediam de tanto pular nas arquibancadas do "próprio da municipalidade" (adorei essa expressão, que nunca mais tinha ouvido).

Mas o melhor ainda estava por vir. Depois de uma jogada ensaiada sabe lá Deus onde - o Mano disse que não ensaiou aquilo, ao contrário do que muito treinador diria quando dá certo -, Chicão, injustamente acusado de fazer corpo mole no departamento médico pra forçar um aumento de salário, virou o jogo e deu números finais à partida. Isso aos 43'.

O final da partida? Ah, só a Fiel cantando e festejando a primeira vitória do ano do Centenário. Agora é esperar pela volta do Fenômeno e outros titulares e partir em busca do penta brasileiro.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O maior presidente de todos os tempos


Para finalizar os posts do aniversário do Corinthians (amanhã tem mais), uma justa homenagem ao maior presidente de todos os tempos: Vicente Matheus. Folclórico, engraçado, ditador...os adjetivos são muitos, mas um resume todas as qualidades de seu Vicente: Corinthiano!!!

Ser torcedor só na boa é fácil

Colocar camisa, ir pro estádio, dizer que é torcedor quando o time está bem, qualquer um faz. Quero ver é fazer tudo isso e declarar amor incondicional quando o time está mal, caindo pelas tabelas. Quero ver é a torcida só crescer quando o clube passa por um jejum brabo de títulos – como aconteceu com o Corinthians durante 22 anos, oito meses e seis dias de sofrimento, entre 6 de fevereiro de 1955 e 13 de outubro de 1977.

Isso valoriza ainda mais a homenagem de mestre Paulinho Nogueira ao Corinthians quando o jejum completou 20 anos, em 1974, naquela derrota para o Palmeiras. Os versos do refrão encerraram aquele texto que publiquei no post abaixo.

Meus 20 anos



Entre as belas homenagens que grandes compositores já fizeram ao Timão do povo, uma das mais tocantes é “Corinthians do meu coração”, do Toquinho, corinthiano de quatro costados e aluno de violão clássico de mestre Paulinho Nogueira.

Começou o centenário

No dia do aniversário de 99 anos do Corinthians, procurei algo pra homenagear o timão do povo. encontrei este post no blog do Aloysio Nunes Ferreira, secretário da Casa Civil de São Paulo, que descobri agora ser corinthiano fanático.

99 anos de uma paixão

Comemoramos hoje os 99 anos do Sport Club Corinthians Paulista. Como corintiano, não poderia deixar de render minhas homenagens ao clube, minha paixão desde sempre e “propriedade” da maior torcida no estado de São Paulo. Porque está coberto de razão aquele que diz que “todo time tem uma torcida, mas só a torcida do Corinthians é quem tem um time”.

Corinthians cuja vitória em 1954 acompanhei pelas ondas do rádio na minha remota infância rio-pretense. Corinthians da Democracia Corintiana, corajoso movimento de resistência à ditadura militar. Corinthians protagonista da maior “invasão” já vista no Maracanã por uma torcida de fora do Rio de Janeiro, capaz de levar 70 mil fiéis a uma semifinal, mesmo após 22 anos sem ser campeão – período em que nossa torcida só cresceu, ao contrário do que era de se esperar. Mas, o Corinthians é isso mesmo: a inversão da lógica, a capacidade de superar obstáculos quando eles parecem intransponíveis. Como na decisão de 1977, contra uma Ponte Preta superior no papel, mas incapaz de resistir à força de uma nação.

Corinthians do pé-de-anjo Basílio, que libertou este povo sufocado por mais de duas décadas de sofrimento. Corinthians de Sócrates, Casagrande, Luizinho, Marcelinho, Ronaldo, Rivelino, Baltazar, Zé Maria, Palhinha, Wladimir, Gamarra, Neto, Biro-Biro e tantos outros.

Corinthians do povo, capaz de unir, nas arquibancadas do Pacaembu, desde o faxineiro até o presidente da empresa, numa paixão em comum descrita com perfeição nos versos do saudoso mestre Paulinho Nogueira:

“Ai, Corinthians, quando és o vencedor
Pobre fica milionário, rindo da própria dor.”

Parabéns, Corinthians!!


Pra acompanhar, dois vídeos que achei no Youtube pra ilustrar momentos citados por ele:

1) a invasão da Fiel ao Maracanã, na semifinal do Brasileiro de 1976, na narração emocionante de Osmar Santos.




2) o gol mais importante da história do futebol, o de Basílio, em 1977, que decretou a segunda abolição brasileira. Também na voz marcante de Osmar Santos.